quarta-feira, 9 de março de 2011

SEXUALIDADE NA GRAVIDEZ

Autor: Gisele Lelis Vilela de Oliveira

Durante a gravidez podem ocorrem várias alterações na sexualidade. Algumas pesquisas mostram que durante a gravidez, a atividade sexual sofre uma redução de 40 a 60%, em virtude de todas as mudanças.A gravidez é um período de adaptação não só para a mulher, mas também para o homem.  Para a mulher é um turbilhão de mudanças, são adaptações físicas, emocionais, hormonais e também sexuais. Essas mudanças envolvem os aspectos psicológicos, biológicos e sociais.
A mulher, a partir do momento em que ela entra no período gestacional, passa a se ver e ser vista de modo diferente. A partir daí ela iniciará uma fase de desenvolvimento com diversas transformações orgânicas e emocionais.
Emocionalmente a mulher pode apresentar dificuldades em aceitar as modificações corporais. Ela pode deixar de sentir-se atraente ou desejada, havendo intensa redução da sua autoestima, e por isso passa a estar pouco disponível para o relacionamento sexual. Algumas mulheres passam ainda por períodos de depressão o que também inibe as iniciativas sexuais.
Caso a mulher grávida esteja com a auto estima muito rebaixada ela pode passar a manifestar muita insegurança com relação ao parceiro e também passar a apresentar pensamentos negativos com relação ao bebê.  Essa é uma situação que favorece um distanciamento maior do parceiro. A auto estima rebaixada é um sintoma de depressão, por isso é importante estar atento.
Principalmente nas mães de primeira viagem a diminuição na libido pode estar relacionada também ao medo de abortar, a rejeição à gravidez ou até mesmo a rejeição por parte do parceiro, além é claro do desconforto físico proporcionado pelas dores de cabeças, enjôos, vômitos. Por diversos motivos emocionais e práticos a mulher pode passar a excluir o parceiro de sua vida. Os sintomas emocionais das mulheres durante esse período podem provocar um distanciamento de fato do companheiro o que pode provocar ainda mais mal estar.
O homem não apresenta alterações orgânicas, no entanto, pode apresentar ansiedade com relação ao parto, a criação dos filhos e também a respeito de sua responsabilidade de ser pai. Além disso, a questão estética da mulher pode influenciar na performance sexual masculina, a mulher perde atrativos sexuais considerados importantes.
O homem também pode experimentar a sensação de ser o protetor da mulher passando a vê-la como mãe, isso provoca afastamento sexual pois o mesmo quer protegê-la e ao mesmo tempo não prejudicar o bebê.
A partir do terceiro trimestre de gravidez aumentam os movimentos fetais e estes passam a ser percebidos visualmente e também no contato corporal. Esses movimentos demonstram a presença viva do filho e isso também pode inibir a sexualidade. O fato de ter medo de machucar o bebê durante o ato sexual também é um agravante para a sexualidade masculina.
O Sexo não se limita a penetração, há outros modos de se relacionar. Abuse de sua criatividade!
O fato é que o relacionamento do casal depende e muito do estado emocional de cada um dos pares, tanto do homem quanto da mulher.  Devido a isso, é importante ressaltar que nem todos os casais vivenciam esses problemas e que a intensidade provocada pela crise da gravidez é uma singularidade de cada casal. Enquanto algumas mulheres perdem o desejo, outras podem experimentar o orgasmo pela primeira vez.
Sexo durante a gravidez deve ser uma escolha do casal e para isso ocorra de modo saudável o diálogo, paciência, carinho e atenção são muito importantes já que os dois podem falar sobre o que sentem e assim criar uma relação de cumplicidade e entendimento dos sentimentos um do outro.

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