segunda-feira, 11 de abril de 2011

BONITAS E PODEROSAS, MAS SEM NAMORADOS

JORNAL BOM DIA
Escritor por: Nany Fadil
Data: 10/04/2011


 

Mulheres de Rio Preto reclamam que faltam homens no mercado e que os que estão ‘soltos’ são desinteressantes ou são gays  


As “solteironas” de hoje estão longe de ser o patinho feio de antigamente. São mulheres bonitas, bem resolvidas, estabilizadas profissionalmente, mas sem namorados.
Justificam que faltam homens no mercado e que os interessantes são gays.
Que há homens de menos isso não há dúvida. O Censo 2010 mostra que são 212 mil mulheres para 196 mil homens, em Rio Preto. Considerando que eles são maioria na infância, mas a pirâmide muda a partir dos 20 anos, pode-se considerar que o sexo feminino, nesse ponto, está em desvantagem.
A empresária Karina Moreira, 30 anos, está sozinha há 3. Na opinião dela o problema é o excesso de gays e de mulheres.
As amigas dela vão para São Paulo para arrumar namorado.
“Não penso nisso agora. Estou focada no trabalho, é minha prioridade. Mas acho que o único lugar onde eu encontraria um homem interessante seria na igreja”, brinca numa referência aos homens “galinhas” e aos homossexuais.
Também bonita, advogada e de bem com a vida Vivian Gabriela Bocchi Giollo, 29, terminou o último namoro há um ano e meio. Já teve “rolinhos”, mas ninguém que preenchesse os seus anseios.
“Sou muito exigente. Sei disso e é a razão para estar sozinha. É praticamente uma opção. Minha dedicação ao trabalho é mais importante agora.” Para a escritora Marie Forleo, autora do livro “Deixe os homens aos seus pés” idealizar o homem perfeito e pedir para ficar “encalhada”.

Livro ajuda a ‘desencalhar’

Dicas de escritora americana caem no gosto das mulheres, que as veem como passíveis de adotar
Quem assistiu, mesmo que de passagem o BBB 11, sabe quem é Maria. Aquela morena vidrada no Mau-Mau, que, por sua vez, só a esnobava. Foi aí que caiu nas mãos dela o livro "Deixe os homens aos seus pés", da Editora Universo dos Livros. Ela levantou a cabeça e fez a fila andar, além de levar R$ 1,5 milhão para casa. Mas afinal de contas, o que diz esse livro de milagroso?
Promete que as informações e dicas que traz são capazes de tornar uma mulher “mais feliz e muito mais atraente”.
Para quem quer desencalhar, mas nem o Santo Antonio amarrado de ponta cabeça está resolvendo, a oferta da escritora americana Marie Forleo parece irresistível.
Em março, liderou a lista dos  livros de autoajuda feminino mais vendidos no Brasil. O “Deixe os homens aos seus pés” foi “consumido” por pelo menos 80 mil brasileiras no último mês. As “lições” são  mais direcionadas a aumentar a autoestima feminina do que para ensinar como arrumar namorado ou marido.
Traz dicas simples que vão desde “se valorize mais” a “não ligue para ele 300 vezes”.
Mostra o que atrai e o que repele os homens. Ensina que para tê-los a seus pés o indicado é que seja confiante, bem humorada, tenha compaixão, receptividade, curiosidade e vulnerabilidade.
Quer que eles desapareçam? Mostre-se insegura, carente, fria, triste, demonstre mediocridade, seja excessivamente crítica e reclamona.

Nada novo /Para a psicóloga de Rio Preto Gisele Lelis Vilela Oliveira, o livro não traz nada de novo. “São as mesmas recomendações dadas pelas mães e pelas amigas”, diz.
Considera razoável as dicas do livro sobre autoestima e sobre rever conceitos.
“Todos deveriam refletir sobre o que está interiorizado.”
Para a psicóloga, desagrada o aspecto de generalização e imposição de que a felicidade vai ser encontrada por quem seguir os passos e orientações passadas.
“As questões colocadas por ela já foram discutidas.  Agora ganharam status de verdade por causa da exploração da mídia ao aparecer com a Maria, a vencedora do BBB 11.”
Gisele chama a atenção das mulheres para que ao ler, tomem o que for positivo e descartem aquilo que foge da própria natureza.

Aprovado /A comerciante Mila Gomes, 30 anos, comprou e está lendo o livro. Ela já tem namorado, mas aposta nas dicas como forma de manter o relacionamento.

“Namorei dez anos e agora faz sete meses que estou em um novo relacionamento. O livro é interessante e válido. É uma forma de apoio para mim, que comecei há pouco tempo conhecer outra pessoa”, diz.
Mila já leu outro livro de autoajuda, mas considera o de Marie Forleo mais “real” com situações cotidianas, que podem ser adotadas./Nany Fadil
Gays representam 10% da população localSegundo estimativa do Gada (Grupo de Amparo ao Doente de Aids) 10%, ou 40,8 mil, rio-pretenses são homossexuais
35anos é a idade da escritora Marie Forleo, que é graduada em finanças e negócios
Diferença começa aos 20 anos e é maior aos 60Até os 19 anos, homens são maioria em Rio Preto. A partir dos 20, o quadro muda. Dos 30 aos 39 anos a diferença é de 9% a mais de mulheres e aos 60 anos, quando a diferença é mais acentuada, representantes do sexo feminino são 28% a mais.


quarta-feira, 6 de abril de 2011

DIFICULDADE NA PENETRAÇÃO PODER SER VAGINISMO; SAIBA MAIS

 
SITE TERRA
Escritor por: Juliana Crem
Data: 06/04/2011

Para algumas mulheres, a penetração, durante o ato sexual, pode ser algo extremamente dolorido ou até mesmo impossível. Vítimas do vaginismo, que é a contração involuntária de grupos de músculos da vagina, elas não conseguem se deixar penetrar, por motivos orgânicos ou emocionais. "A contração involuntária vem da junção de medo e dor. Por isso, é importante tratar as questões orgânicas para poder cuidar atentamente da questão psicológica", destacou Gisele Lelis Vilela de Oliveira, psicóloga de São José do Rio Preto (SP).
Valéria Dória Mendes da Costa, ginecologista e obstetra da mesma cidade, contou que a disfunção atinge de 2 a 6% das mulheres jovens. "Um dos sintomas característicos é a forte rigidez vaginal. Em algumas mulheres esta rigidez é tão forte que não é possível fazer a penetração do especulo ginecológico para a realização de exames, comprometendo até mesmo a saúde mental delas. Náuseas, falta de ar durante o ato sexual e sinais de pânico também podem aparecer", disse.
Mesmo desejando se relacionar sexualmente, o problema pode atrapalhar o casal e, por isso, deve ser investigado por um ginecologista. "Alguns fatores psicológicos também podem 'provocar' a dor, como traumas emocionais e dificuldades para assumir a vida sexual adulta. Isso ocorre por diversos fatores, como crenças religiosas, dificuldades de intimidade etc.", lembrou Gisele.
As principais "vítimas" do vaginismo são mulheres que tiveram uma educação repressora em relação à sexualidade, "elas acreditam que o sexo é sujo, errado e desenvolvem sentimentos de culpa e ansiedade em relação ao sexo", como disse a psicóloga, aquelas que sofreram algum tipo de abuso ou trauma sexual, que tiveram uma primeira relação sexual traumatizante ou dolorosa por algum motivo ou por hostilidade aos homens.
"Muitas delas têm dificuldade em conhecer o próprio corpo e muitas nem se tocam. É preciso incentivar o autoconhecimento nas mulheres, para que saibam o que lhes dá prazer ou não. Além disso, há uma dificuldade muito grande de conversar com o parceiro sobre a sexualidade do casal. Esse bate-papo pode ser muito saudável, pois estimula um relacionamento mais aberto e prazeroso", sugeriu Gisele.

Tem tratamento
Aquelas que sofrem com o problema devem, primeiramente, procurar o ginecologista para descartar outros problemas. "Analisamos se há alguma causa orgânica, como infecções, nódulos ou disfunções hormonais. Todo o histórico da mulher é levado em conta, desde sua história de vida até exames laboratoriais e clínicos", declarou Valéria.
Segundo a ginecologista, o tratamento não é realizado com medicamento, cremes ou técnicas cirúrgicas, mas, sim, por meio da psicoterapia acompanhada de exercícios para que a penetração aconteça aos poucos. "Às vezes é uma questão inconsciente, que deve ser trabalhada para que a mulher reveja e repense suas experiências, buscando soluções para o problema. A psicoterapia irá trabalhar a sexualidade, o significado do sexo e do coito para aquela paciente, minimizando temores e fantasias e proporcionando um autoconhecimento" afirmou Gisele.
Para as profissionais, a disfunção causa muito sofrimento aos casais que, muitas vezes, não sabem a quem recorrer. A participação do parceiro é importante para que ele tenha paciência e auxilie no tratamento. "Mas, caso ela não tenha um parceiro, também pode procurar ajuda caso tenha se identificado com o assunto", concluiu a psicóloga.