ARTIGOS

OS PERIGOS DO VÍCIO EM JOGOS ELETRÔNICOS

Autor: Gisele Lelis Data: 20/06/2011

 A limitação do uso da internet e dos jogos é fundamental e para crianças o saudável é que não passe de uma hora por dia. Os pais precisam estar atentos quanto ao tempo e conteúdo acessado pelos filhos, essa vigilância é muito importante.

Já para os adolescentes a recomendação é para que não se fique mais de 2 horas na frente do computador ou em jogos eletrônicos por dia.

Ainda existe muita discussão com relação ao tempo dedicado a internet e jogos, no entanto, o que é preciso levar em consideração é que não se deixe de realizar outras tarefas por conta dos jogos, é preciso manter os períodos dedicados ao estudo, lazer e esportes.

Exageros não fazem bem em nenhuma situação.

Incentivar crianças e adolescentes a pratica de esportes e convívio com outros pares, aos estudos pode ser muito bom e trazer resultados não apenas com relação à questão da maturação psicológica como também com relação à saúde dos mesmos.

A internet deve ser apenas mais um recurso e não o único para diversão.

Os jovens pedem limites o tempo todo e é muito importante que os pais saibam impor esse limite a eles.

O uso abusivo da internet tem demonstrado sinais parecidos com os encontrados em outros tipos de vícios. No entanto, não é possível identificar um dependente apenas pelo tempo de uso da internet, mas esse é um dos fatores a serem considerados.

Existem alguns sintomas que podem mostrar que a atividade está passando dos limites como a perda de sono, mudanças na alimentação realizando-as de forma inadequada, cansaço corporal e mental, desatenção além de agitação.

Normalmente os jovens viciados passam a não ter outros assuntos que não os jogos e em momentos livres não querem fazer outra coisa que não seja jogar. Alguns deles conseguem perceber que estão viciados e pedem ajuda e nesse momento é fundamental a atitude dos pais mostrando e impondo limites para a atividade.

Do ponto de vista psicológico o uso excessivo da internet e de jogos podem provocar mudanças de comportamento a médio e longo prazo como, por exemplo, na convivência dos adolescentes com o mundo real, eles passam a apresentar dificuldades de relacionamento interpessoal, insegurança, timidez que podem intensificar seu isolamento social além de outros sintomas.

Além disso, no universo virtual também é comum que o internauta, além de comprar o software, gaste dinheiro de verdade com acessórios e aplicativos e isso pode não ser saudável. Para verificar isso é preciso levar em conta o quanto se gasta e a motivação para a compra. É preciso avaliar a utilidade e necessidade desse gasto.

Vale lembrar novamente que tudo que é feito de modo exagerado não é saudável.

Existem jogos que são muito saudáveis, eles são meios lúdicos, são instrumentos para a comunicação, autoconhecimento e aprendizagem humana.

Os jogos podem canalizar a agressividade e competitividade, possibilitando novas formas de lidar com questões reais. Existem jogos de quebra cabeças e outros games que são capazes de melhorar a cognição como também podem aumentar o interesse por determinadas matérias escolares, mas isso não significa que eles também não precisem de limites no uso.

É preciso tomar alguns cuidados para não se viciar, pois não existe uma idade especifica para gostar ou se viciar aos jogos. Esses jogos têm elementos para cativar todas as idades. Quanto a classe social também não há uma ou outra mais propensa.

Existem dados de que o número maior de dependentes esteja na faixa dos 20 aos 50 anos devido ao fato de que não há controle do tempo gasto na internet como existe entre as crianças e adolescentes.

Os sintomas apresentados por viciados em jogos eletrônicos, os vicio-games como eles se chamam apresentam sintomas como síndrome de abstinência, angústia, ansiedade, desatenção, e também um baixo rendimento escolar.

Os sintomas são muito parecidos com os apresentados em outras compulsões como por álcool e drogas ou até mesmo as por jogos como pôquer.

Os pais devem estar atentos e não deixar seus filhos navegando na rede, em jogos eletrônicos, sem tempo determinado e sem observar o que estão fazendo, é preciso estar atento tanto ao conteúdo quanto ao tempo de uso.

Estabelecer horários para o uso, manter atividades com os amigos fora da internet, oferecer a seu filho formas alternativas de passar o tempo, evite que o videogame ou mesmo o computador fique dentro do quarto, onde a pessoa tenha meios de isolar-se, cobre dos filhos tarefas e deveres de escola antes de qualquer uso de jogos, além de evitar hábitos como comer na frente do computador e não ter horários pré estabelecidos para as refeições.

No caso de prevenir vícios, atuação dos pais nessa situação é fundamental.
Os filhos precisam de limites. No caso do uso do computador e de jogos eletrônicos é essencial que os pais limitem o tempo de uso.

Estipule horários para que os filhos interajam com o computador. Além disso, no caso das crianças é sempre bom ter um adulto por perto.

A maior dificuldade dos pais em identificar o problema está no fato de que o vício em jogos pela internet é algo recente e as famílias tem dificuldades para identificar e até mesmo lidar com a situação.

Uma criança que fica muito na internet além do vício pode desenvolver outras doenças por ficar sedentária como por exemplo diabetes e obesidade, além é claro do isolamento social, preferindo estar ao computador do que com os amigos ou estudando.

Com um pouco de dedicação e diálogo os pais podem ajudar e muito seus filhos além é claro de buscar apoio de um psicólogo é fundamental já que a dependência de jogos e internet é um distúrbio psicológico.



A Necessidade do acompanhamento psicológico nas cirugias bariátricas

Autor: Gisele Lelis | Data: 14/7/2010

A Organização Mundial de Saúde já classificou a obesidade como uma epidemia, o problema já atinge um terço da população.
A obesidade é uma doença que ameaça a vida, pois reduz significativamente a qualidade de vida, sujeitando as pessoas a diversas comorbidades como hipertensão arterial, doenças coronarianas, problemas sociais e ainda sexuais. É um fenômeno multifatorial e envolve diversos fatores: genéticos, comportamentais, psicológicos, sociais, metabólicos e endócrinos.

Além disso, pessoas portadoras de obesidade são vitimas freqüentes de preconceitos devido às dificuldades que apresenta inclusive com relação a seu comportamento alimentar. A disseminação da magreza como único modo de obter sucesso e felicidade em nossa sociedade é muito forte.  Devido a esses fatores, a obesidade acaba como causadora de diversas psicopatologias como depressão, ansiedade, transtornos alimentares e ainda transtornos de personalidade.

Em conseqüência de tudo isso e também devido ao insucesso de tratamentos convencionais para o emagrecimento, a cirurgia tornou-se a forma mais eficiente de minimizar ou eliminar os problemas enfrentados.
Embora a cirurgia traga benefícios ela também traz diversas restrições, e para aprender a lidar com elas é muito importante o acompanhamento de um psicólogo.

No processo de pré-operatório o candidato a cirurgia precisa ser conscientizado de todas as mudanças pelas quais ele passará, pois muitos dos candidatos encaram o procedimento cirúrgico como um milagre e possibilidade de ser feliz. O desejo é realizar mudanças físicas e até mesmo relacionais. Mudar sua história, que até aqui é marcada de preconceitos e limitações físicas e emocionais.
Com todas essas expectativas em torno da cirurgia, é necessário deixar claro que ela trará saúde e que a felicidade não é um privilégio dos magros. É importante que o obeso entenda que os magros também têm problemas e também sofrem com preconceito, falta de emprego e dificuldades de relacionamento social e amoroso.

Para um bom prognóstico, o acompanhamento psicológico no pré e pós-operatório é fundamental, pois ele poderá proporcionar condições para que tome decisões de forma mais consciente com relação à cirurgia, avaliando-o de acordo com sua singularidade e preparando-o para aceitar todas as mudanças de hábitos e estilo de vida.

 O processo psicoterapêutico ira viabilizar consciência corporal, melhora na auto-estima, mudanças no comportamento alimentar, além de trabalhar os vínculos sociais e amorosos, visando com isso à formação de uma nova identidade e também uma participação efetiva no seu emagrecimento.  Afinal de contas as mudanças serão muitas!



Por que fazer terapia?

Autor: Gisele Lelis | Data: 6/7/2010

Quantas vezes você já se pegou sozinho avaliando com quem poderia conversar sobre determinado assunto e não conseguiu imaginar ninguém por mais amigo que seja?
Há momentos em que precisamos falar sobre coisas das quais não conseguimos falar nem com o melhor amigo. Nessa hora entra o encontro psicoterapêutico, em que cliente e psicólogo poderão encontrar caminhos para a resolução dos conflitos e ainda proporcionar um conhecimento mais aprofundado sobre si mesmo e os outros com os quais você se relaciona.
O processo de psicoterapia visa trabalhar essas questões que não conseguimos lidar no dia-a-dia. Situações como: medos sem motivos, angustias, tristezas sem justificativas, isolamento social, problemas de saúde acarretados por questões emocionais, entre outras diversas situações.
A psicoterapia é um encontro semanal, com alguém de fora do seu relacionamento habitual, com a finalidade de buscar formas alternativas, novos caminhos para vivenciar, expressar suas potencialidades e com isso possibilitar caminhos mais criativos para sua vida.
O tempo de tratamento é muito variável e deverá ser conversado com o profissional para que isso possa ser avaliado.
A busca por apoio profissional deve ser realizada pela pessoa interessada no tratamento. No entanto em casos mais graves como depressão profunda ou dificuldades motoras, outra pessoa poderá estabelecer o primeiro contato com o psicólogo para fazer o encaminhamento.
Há casos inclusive, que o tratamento, após avaliação do psicólogo, é realizado fora do consultório, em local mais conveniente para o cliente.
“o terapeuta é o companheiro na jornada da desilusão para a força, um intérprete, um guia, algumas vezes um amigo, outras vezes um amigável adversário, mas sempre um companheiro”