sábado, 5 de março de 2011

DÓI, MAS VALE A PENA DAR A VOLTA POR CMIA


JORNAL BOM DIA
Escritor por: Thiago Roque
Data: 26/09/2010



Década de 80. O ator norte-americano Mickey Rourke filma “Nove Semanas e Meia de Amor” ao lado de Kim Bassinger e é alçado a sex symbol pela crítica do cinema.
Fim dos anos 2000. Mickey Rourke retorna às manchetes da sétima arte com sua atuação em “O Lutador”, pela qual ganha um Globo de Ouro.
Porém, o que aconteceu entre estes dois períodos?
O ator se perdeu: largou o cinema para lutar boxe, ficou com o rosto desfigurado, pegou apenas papéis menores, foi esquecido. Depressão, isolamento, drogas. A volta por cima começou em 2005, com “Sin City”, e se firmou em 2008, com “O Lutador”.
Resumindo: Mickey Rourke deu a volta por cima.


PROCESSO/Lendo o meu resumo acima, parece até roteiro de cinema, não é mesmo?


Mas não é.
Assumir fracassos e se
Responsabilizar pelas
Próprias ações ajuda a
Aumentar a autoestima

Cada pessoa reage à
Sua maneira à
Tentativa de virar o
Jogo a seu favor

Segundo a psicóloga Gisele Lelis Vilela de Oliveira, dar a volta por cima é um processo muitas vezes doloroso, no qual a pessoa precisa assumir suas fraquezas e limitações para poder superar as adversidades.
“Não é fácil assumir os erros, mas isso faz parte do processo de amadurecimento e pode trazer muito aprendizado”, explica Gisele.
Para facilitar essa fase complicada, a psicóloga diz que três etapas precisam ser vencidas. A primeira delas é a aceitação do problema: assumindo que algo não está certo, você poderá pensar melhor sobre de que forma agir com relação às dificuldades.
Negar ou fingir que a adversidade não existe só vai alimentá-la e piorar a situação.
O segundo passo é reconhecer e, principalmente, assumir suas limitações e fraquezas. Aqui, vale destacar que o processo começa solitário -  com a pessoa descobrindo seus pontos fracos.
Depois, é importante que ela não se esconda – estar em contato com pessoas dispostas a ajudar e com o astral em alta é fundamental para se manter firme no propósito de mudar.
Por fim, já que o processo é doloroso, mas necessário, procure aprender com as crises que vierem. “É importante assumir sua vida como protagonista, e não como espectador. Só assim você poderá buscar um crescimento emocional para transformar as dificuldades em oportunidades de aprendizado”, explica a psicóloga.


SINGULAR/Vale destacar aqui que cada pessoa reage à sua maneira a esse processo – só depois de encarar a própria depressão é que o ator Mickei Rourke começou a virar o jogo de sua vida. Porém, também é importante frisar que o final feliz não está apenas na tela do cinema.
O ex-sex symbol, mas ainda astro norte-americano, é apenas um dos personagens dessa história.


Psicóloga atenta para a autossabotagem


A psicóloga Gisele Lelis Vilela de Oliveira reitera que promover este autoconhecimento é fundamental na caminhada rumo à virada de jogo na vida – só assim você não cai no erro da autossabotagem, processo no qual a própria pessoa cria armadilhas para fracassar em suas tentativas de recomeçar. Isso acontece, muitas vezes de forma inconsciente, por conta do medo de mudar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário