sexta-feira, 27 de maio de 2011

MULHER EQUILIBRISTA



REVISTA GRUPO CENE
Escritor por: Redação
Data: Maio/2011
Ser mãe, cuidar da casa, ser profissional e esposa. Para ser tudo isso é preciso ser também equilibrista...
Elas são independentes e ao mesmo tempo sensíveis, precisam de atenção especial... São extremamente ocupadas, mas sempre arrumam mais um tempinho, se for preciso. São “duras na queda’ mas quando são moles, transbordam amor e carinho. 
Não é difícil descobrir quem são elas. São mulheres e ao mesmo tempo mães, que se dividem em mil para dar conta de uma imensa lista diária, que nunca chega aofim. Vamos mostrar nesta reportagem como as mães equilibristas se viram no dia a dia. 
Izabela é mãe de primeira viagem, um exemplo de como a maternidade pode ser conciliada com a vida profissional, desde o começo. “Trabalhei até o dia do parto, e isso deixava as pessoas incomodadas. Ë muito engraçado ver como muita gente ainda confunde gravidez com doença. Tive uma gestação tranquila, contei com minha família e com uma ótima médica. Levei a vida normalmente. Mesmo depois do nascimento da Manuela consigo administrar muito bem, com a ajuda importante da avó e do maridão, que também é pai coruja’:  garante a jornalista Izabela de Paula. 
Cláudia Bassitt já é expert no assunto. Tem quatro filhos e sempre trabalhou fora. A empresária conta que equilibrar a rotina é como fechar um balanço diário.”É uma questão de organização. Sem pendências não há atrasos. Desde que as crianças nasceram eu procuro ensiná-las a viver na realidade de hoje. O primeiro foi o que mais deu trabalho para ensinar, depois os outros foram aprendendo mais facilmente porque queriam copiar o irmão mais velho’ comenta Cláudia.
A vida corrida e atribulada também faz parte do cotidiano de Neusa Martins, educadora física e empresária, dona de uma academia. Ela tem dois filhos, Rafael de 8 anos e Danton de4.  Ela narra o dia a dia: “Acordo as seis, preparo o café da manhã, depois deixo as crianças na escola, vou para a academia e ao meio dia busco os meninos. No período da tardefico em função deles: inglês, futebol, dentista, enfim aquela maratona, tudo paralelo ao meu trabalho’ conta.  Ela diz que o segredo para que tudo dê certo é a qualidade de vida. “Precisamos viver bem, de forma saudável, por isso, sou rigorosa com alimentação, sono, horários de tarefa. Acho que isso faz com que as crianças sejam mais fortes até mesmo para  aguentara rotina’

A hora certa... 
A psicóloga Gisele Lélis alerta:”A mulher precisa pensar muito antes de ser mãe. É necessário conciliar o trabalho com os cuidados que o bebê irá demandar. Se mãe e o pai estão conscientes das mudanças eles poderão vivenciar com mais intensidade momentos únicos junto ao filho”, explica.
 A questão é que há muito tempo a mulher só ficava em casa cuidando do marido, dos filhos e afazeres domésticos, mas hoje a maioria delas trabalha em tempo integral, cuida da casa, dos filhos, do marido, da vida social, enfim se desdobra, além disso, querem estar bonitas e jovens, e tudo isso com perfeição. Ou seja, tarefa humanamente impossível. “Elas se sentem culpadas, frustradas por não conseguirem administrar tudo como gostariam. Na verdade não há como realizar tantas coisas e conseguir perfeição em todas elas. Apesar da cobrança da mulher  em ser perfeita em tudo isso é algo inatingível, portanto procure se cobrar menos” aconselha Gisele. Refletir sobre os sentimentos provocados pelas decisões que tomam pode auxiliar nesse momento, rever atitudes e pensar se o sentimento de culpa é provocado por uma situação imaginária ou se realmente tem motivos para isso.

De mãe para mãe. Andando na corda bamba....
Cecília Russo é autora do livro: - “Vida de Equilibrista: dores e delícias da mãe que trabalha”.
Escreveu com base em sua própria experiênciade mãe que gerencia uma empresa, tem dois filhos adolecentes, e tenta equilibrar as múltiplas funções.
Batemos um papo com ela sobre o assunto.

Qual a mensagem do livro?
O livro foi uma forma de dividir com outras mães questionamentos, que eu sempe tive. Mostrando que as dúvidas, a culpa, as inseguranças são sentimentos comuns e que precisamos saber com lidar melhor com eles.
Mostro com clareza as dores e as delícias. Começando pelas dores, acho que a maior dor é a culpa. Temos uma culpa até mas do que deveríamos. Isso é que masi atormenta as mães. A mãe quando nasce parece que já vem com a culpa embutida. Temos culpa por trabalhar demais e não dar tanta atenção à família, temos culpa de nos dedicarmos menos ao trabalho, temos culpa se decidimos, mesmo que por um tempo, sermos “apenas” mãe culpas não faltam.
Mas as delícias de ser uma mãe que trabalha fora, uma mãe equilibrista, como eu, costumo dizer, são compensadoras. Para muitas mulheres, ser feliz plenamente é conseguir equilibrar todos os pratinhos, da forma mais saudável possível, sem abrir mão de nada.

Qual a dica você dá para essas mães que assim como você são equilibristas?
Acredito que devemos “baixar” um pouco nossa mania de perfeição. Queremos ser perfeitas demais, tirar nota 10 em tudo. Costumo dizer que se tirarmos 7,8, já está bom demais. Outra dica é observar os filhos, se eles estão tranquilos, indo bem na escola, com um bom convívio com os amigos, sua vida profissional pode serguir sem mudanças.
E ainda, tentar abrir um espaçõ semanal para a mãe curtir um pouvo a vida. É comum a mãe ficar o tempo todo “só” fazendo coisas, em casa, no trabalho, para a família, e se esquecer de que ela também precisa ser cuidada. Vale sim, mesmo que uma horinha por semana, para fazer algo para ela mesma.


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