SRP Comunicação
Data: 06/07/2010
Se pararmos para refletir sobre a história da humanidade, vamos notar que é difícil conceituar o que seria um idoso. A expectativa de vida evoluiu com os costumes, as descobertas científicas e a tecnologia. Há séculos atrás, uma pessoa com 30 anos já era considerada idosa porque se vivia, em média, até os 40 anos. “A adolescência, por exemplo, é uma criação do mundo pós-moderno, pois antigamente as moças se casavam aos 15 anos e já eram submetidas à maternidade e às responsabilidades do lar”, comenta a cardiologista Valéria Braile.
Segundo a médica Vincenzina Santangelo, estudos sobre pessoas que envelheceram bem e com autonomia indicam que apenas uma parte do que é previsível tem ligação com a genética, enquanto o restante se baseia em nosso estilo de vida. “Podemos estimular nosso cérebro e nossa forma física por meio de alimentação saudável, atividade física, redução do estresse e boa qualidade do sono, além de manter uma atitude positiva, cultivar relacionamentos saudáveis e cuidar do meio ambiente”, sinaliza.
Se seguirmos os princípios da longevidade saudável, poderemos até driblar algumas doenças típicas da velhice ao chegar à terceira idade. No entanto, algumas dessas doenças estão surgindo na vida das pessoas cada vez mais cedo, reflexo dessa nova realidade cultural. “Aumentaram as doenças degenerativas como cânceres, problemas inflamatórios e cardiovasculares, que são a maior causa de morte no mundo ocidental”, destaca Valéria.
Para a psicóloga Gisele Lelis Vilela, podemos promover mudanças de hábito em qualquer fase de nossas vidas e os idosos desta geração estão provando isso para os jovens. “É comum certa resistência à mudança quando atingimos a maturidade, mas a maioria dos idosos enfrenta isso hoje com mais tranquilidade. Estão mais mobilizados a fazer as coisas que sempre quiseram, mas não tinham tempo, e cuidam melhor da saúde para poder aproveitar o máximo delas.”
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