sábado, 5 de março de 2011

BELOS EXEMPLOS

 
JORNAL BOM DIA
Escritor por: Nany Fadil
Data: 08/05/2010

O sonho de Carina Brandão, 30 anos, é andar de mãos dadas com o pequeno Cássio, 3. E ela luta todos os dias para torná-lo realidade.Quando estava grávida de 6 meses, Carina sofreu um grave acidente de moto. A orientação dos médicos era para a retirada imediata do bebê e assim não prejudicar ainda mais sua coluna. Carina se negou e Cássio nasceu prematuro de sete meses.

Na época, ficou tetraplégica. Hoje, numa cadeira de rodas, recuperou os movimentos dos membros superiores. “Faço fisioterapia todos os dias. Sei que vou voltar a andar. É pelo meu filho.”Mães são, por natureza, fortes. Mas algumas são verdadeiras fortalezas. Buscam no amor “milagres” para o que parece tão difícil.

Down
No oitavo mês de gravidez, Alessandra Pandin, 39, descobriu que André seria síndrome de Down. Aproveitou o último mês antes do filho nascer para se inteirar sobre a doença e as necessidades da criança. Com 25 dias de vida, ela já o levava a fonoaudióloga, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional.
“É diferente, mais trabalhoso. Mães com filhos-padrão não têm que fazer maratonas logo nos primeiros dias de vida.”
Hoje, a rotina mudou. André, que está com 5 anos, faz tratamento contra leucemia linfoide aguda. A imunidade está baixa e as atividades tiveram de ser interrompidas.“Assim que sarar, vai voltar para a escolinha e para os tratamentos complementares.”
Alessandra é mãe também de Beatriz, 3. Mesmo tão pequena, tenta explicar sempre que o irmãozinho é “diferente” e exige mais atenção.
Diferenças
É exatamente o que indicam os especialistas.
Como a atenção de uma mãe estará mais voltada ao filho com necessidade especial, se a situação não ficar bem explicada poderá causar transtornos e ciúmes.
“É complicado dizer que essa mãe dará o mesmo afeto aos filhos. Um tem necessidades maiores que o outro. Essa relação tem de ser muito conversada e explicada”, diz a psicóloga Gisele Lelis Vilela de Oliveira.Ela orienta ainda as mães a não descuidar do carinho ao outro filho e não abandonar suas próprias vidas.
“Apesar de difícil, tem que manter amigos, passeios e atividades que tragam prazer. Ela é uma mãe especial, mas não pode perder sua identidade.” 
Quando o filho completou um ano, Kathryn Cristina Mendes, 18, percebeu que havia algo errado com Richard, 3. Faltava a ele coordenação motora. Nasceu com má formação.
Inicialmente, Kathryn procurou tratamento no Núcleo de Reabilitação e agora o leva  na  AACD. “Larguei os estudos e me dedico integralmente a ele.”
O objetivo da Associação de Assistência à Criança Deficiente é desenvolver a autonomia nas crianças e dar mais qualidade de vida às mães.

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